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Publicada em 03 de Maio de 2024 às 19:17

Uruguai deve prestar apoio ao Rio Grande do Sul, diz Leite

Na Capital, algumas regiões precisaram ser evacuadas por conta da elevação do Guaíba

Na Capital, algumas regiões precisaram ser evacuadas por conta da elevação do Guaíba

Tânia Meinerz/JC
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Ana Carolina Stobbe
Ana Carolina Stobbe
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), realizou uma coletiva de imprensa na tarde desta sexta-feira (3) para atualizar as informações sobre as enchentes causadas pelas fortes chuvas no Estado. Diretamente do Comando Militar do Sul, o governador contou que o Estado tem a perspectiva da chegada de 21 aeronaves, com o apoio do Uruguai, que deverá encaminhar mais uma. Além do governo federal, alguns estados também forneceram equipamentos como São Paulo e Rio de Janeiro.
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), realizou uma coletiva de imprensa na tarde desta sexta-feira (3) para atualizar as informações sobre as enchentes causadas pelas fortes chuvas no Estado. Diretamente do Comando Militar do Sul, o governador contou que o Estado tem a perspectiva da chegada de 21 aeronaves, com o apoio do Uruguai, que deverá encaminhar mais uma. Além do governo federal, alguns estados também forneceram equipamentos como São Paulo e Rio de Janeiro.
Leite pediu para que as pessoas mantenham-se seguras e longe das áreas próximas ao Guaíba, assim como de encostas de morros, devido ao risco existente de deslizamentos. Também reiterou a necessidade de evitar deslocamentos desnecessários. Para pessoas em situação de risco, orientou que sejam acionadas as equipes de resgate: “a Defesa Civil conhece os locais mais seguros para a população evacuar as áreas de risco”.
Atualmente, o Rio Grande do Sul soma 39 mortes e 68 desaparecidos. Apesar disso, é possível que os números subam substancialmente à medida que as equipes de resgate conseguem chegar em regiões inacessíveis. Estima-se que cerca de 8 mil pessoas já tenham sido resgatadas pelas vias aérea, terrestre e fluvial.
O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, precisou se retirar ainda no início da coletiva, alegando ter que acompanhar o rompimento de um dique próximo à Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), causando o alagamento de regiões adjacentes.
Em sua apresentação, Leite afirmou que está sendo feito o que está ao alcance do governo estadual para resgatar as vítimas das enchentes, mas que nem sempre é possível acessar as regiões mantendo a segurança das equipes de resgate. “Se não é possível chegar de helicóptero, as equipes abrem caminhos e buscam acessar as localidades. No entanto, muitas delas ainda estão muito inacessíveis”, disse. A informação foi complementada pelo general Hertz: “Uma crise não pode gerar outra (crise), nós temos muita crise para gerenciar”.
Além disso, Leite reiterou o apoio do governo federal, afirmando que “não faltarão recursos” para dar assistência às famílias afetadas. De acordo com o governante, no momento, as doações mais importantes são de cobertores, colchões e roupas de cama, para dar conta do contingente de pessoas abrigadas em cada município. No caso de doações financeiras, solicitou que os valores sejam passados unicamente para o Pix do governo estadual. "Não é uma doação para o Governo, é uma doação para uma entidade. Esse recurso será utilizado para apoiar as famílias e pequenas empresas que precisarão se reerguer”, reforçou.
Em Porto Alegre, os alertas principais são para as regiões Sul, Centro e 4º Distrito. “Tudo é feito para que as estruturas comportem e resistam, mas não há como garantir que não haja algum tipo de ruptura (no sistema de contenção de água de Porto Alegre). Por isso a necessidade da ordem de evacuação (de determinadas regiões)”, comenta o governador.
Outras regiões do Estado que podem ter consequências nos próximos dias, apesar da interrupção das chuvas, são as próximas da Lagoa dos Patos, em uma extensão que chega até o município de Rio Grande. As bacias do Rio Uruguai e do Rio Jacuí também são pontos de alerta para o governo do estado.
No Vale do Taquari, segundo Leite, a situação ainda é crítica, podendo ter deslizamentos devido ao alagamento do solo. “Há uma expectativa de manutenção da diminuição dos níveis dos rios, mas com muita atenção, porque mudanças no sentido do vento podem fazer com que sejam retidas as águas”, explicou.

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