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Publicada em 03 de Maio de 2024 às 19:45

Tempestades causam prejuízos de R$ 275,3 milhões no RS, de acordo com CNM

Só na parte habitacional, os prejuízos superam R$ 115,6 milhões

Só na parte habitacional, os prejuízos superam R$ 115,6 milhões

Divulgação/Prefeitura de Gravataí
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AS tempestades e enchentes que atingem o estado do Rio Grande do Sul desde a madrugada de segunda-feira (29) já causam um prejuízo financeiro de mais de R$ 275,3 milhões, de acordo com levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM). Estimam-se que já são 350 mil atingidos, incluindo 37 mortos. Outras 74 pessoas estão feridas e 74 ainda estão desaparecidas, segundo números da Defesa Civil Estadual.
AS tempestades e enchentes que atingem o estado do Rio Grande do Sul desde a madrugada de segunda-feira (29) já causam um prejuízo financeiro de mais de R$ 275,3 milhões, de acordo com levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM). Estimam-se que já são 350 mil atingidos, incluindo 37 mortos. Outras 74 pessoas estão feridas e 74 ainda estão desaparecidas, segundo números da Defesa Civil Estadual.
Se tratando de perdas financeiras, a Confederação calcula R$ 59,9 milhões no setor público e de R$ 99,8 milhões no setor privado. Só na parte habitacional, os prejuízos superam R$ 115,6 milhões, com 10.193 casas danificadas e ou destruídas.

Até esta sexta-feira (03), as chuvas intensas causaram danos em 235 Municípios gaúchos, e 86 deles já formalizaram decretos de Situação de Emergência junto a Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (Sedec). De 29 de abril até agora, as perdas na agricultura somaram R$ 71,4 milhões. Os demais setores afetados foram: Indústria, com prejuízos de R$ 11,2 milhões; Pecuária, com perda de R$ 9,3 milhões; e Comércios locais, com impacto de R$ 5,3 milhões.
O levantamento da CNM também aponta prejuízos superiores a R$ 2,6 milhões de outros serviços. Considerada como pior desastre da história do Estado, a tempestade derrubou pontes, destruiu calçamentos e deixou 19 barragens em estado de atenção. Até o momento, os setores mais afetados são:
  • Infraestrutura, incluindo pontes, estradas, calçamento, sistemas de drenagens urbanas etc: prejuízos de R$ 29,5 milhões;
  • Sistema de esgotamento sanitário: prejuízos de R$ 7,5 milhões;
  • ⁠Assistência médica emergencial: prejuízos de R$ 6,7 milhões;
  • ⁠Abastecimento de água: prejuízos de R$ 2,1 milhão;
  • ⁠Limpeza Urbana e remoção de escombros: prejuízos de R$ 2,1 milhões;
  • ⁠Sistema de ensino: prejuízo de R$ 1,5 milhão;
  • ⁠Sistema de transporte: prejuízo de R$ 1,4 milhão;
  • ⁠Geração e distribuição de energia elétrica: prejuízo de R$ 1,4 milhão.
O presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, lamenta a situação no Estado. “Infelizmente, a situação se repete a menos de um ano, pois não podemos nos esquecer que em setembro de 2023 os Municípios gaúchos foram afetados por ciclone extratropical. É incalculável o valor das vidas perdidas, e os prefeitos são obrigados a lidar, novamente, com os prejuízos e com o socorro à população”, disse. Ziulkoski voltou a reclamar da falta de recursos para prevenção. “Não há apoio para prevenção nem investimentos, e os Municípios estão praticamente sozinhos, na ponta”, destaca.
De acordo com o levantamento da CNM, entre 2013 e 2023, mais de 6.322 decretações de anormalidades foram decretadas, no Brasil, e prejuízos de mais de R$ 105,4 bilhões.

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