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Publicada em 02 de Maio de 2024 às 19:36

A união dos gaúchos em mais uma tragédia climática

Editorial

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ARTE/JC
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O Rio Grande do Sul vive, novamente, uma tragédia climática. São dezenas de mortos e desaparecidos pelas chuvas históricas que fizeram rios transbordarem, pontes ruírem e estradas sumirem do mapa. E o mês de maio não deve dar trégua, segundo a meteorologia: serão chuvas e temperatura acima da média, ainda sob influência do fenômeno El Niño. O momento precisa ser de união e solidariedade entre os gaúchos para, mais uma vez, ajudar aqueles que perderam tudo. Igualmente, é hora de governos e a população refletirem, mais uma vez, sobre o que precisa ser feito para reduzir os danos em futuras tragédias.
O Rio Grande do Sul vive, novamente, uma tragédia climática. São dezenas de mortos e desaparecidos pelas chuvas históricas que fizeram rios transbordarem, pontes ruírem e estradas sumirem do mapa. E o mês de maio não deve dar trégua, segundo a meteorologia: serão chuvas e temperatura acima da média, ainda sob influência do fenômeno El Niño. O momento precisa ser de união e solidariedade entre os gaúchos para, mais uma vez, ajudar aqueles que perderam tudo. Igualmente, é hora de governos e a população refletirem, mais uma vez, sobre o que precisa ser feito para reduzir os danos em futuras tragédias.
A passagem do ciclone de setembro deixou mais de 50 mortos e causou prejuízos estimados em mais de R$ 1,3 bilhão. Em novembro, as chuvas causaram danos em mais de 133 cidades e ao menos quatro mortes. Em janeiro, mais um rastro de destruição. Agora, a situação se repete em muitas cidades que ainda não tinham se recuperado.
O governo federal enviará recursos, parte da infraestrutura será reconstruída novamente, o Exército ajudará, o Estado irá, da mesma forma, empenhar verbas, a população se solidarizará. Mas e as próximas tragédias? Porque institutos climatológicos em todo o mundo são taxativos: haverá próximas, com frequência cada vez maior e devastadora.
Reconstruir as infraestruturas de municípios, obviamente é uma ação importante. Entretanto, para uma retomada consistente e duradoura, é preciso criar uma cultura de prevenção contra o desmatamento de encostas e zonas ribeirinhas, assim como promover uma mudança do traçado urbano de muitas cidades. Nesse cenário também é essencial alocar mais recursos em sistemas de monitoramento e na estrutura da Defesa Civil.
União, estados e municípios são uníssonos em afirmar que não faltarão recursos para reconstruir cidades e ajudar famílias. É necessário que os esforços entre as três esferas se somem, agora, para salvar o maior número de pessoas.
Em um segundo momento, porém, esses esforços devem continuar para que se transformem em políticas públicas de apoio às comunidades mais atingidas, como foco, sobretudo em prevenir novas tragédias.
A situação, pior do que aquela que atingiu o Estado em setembro, mostra que a eficácia das ações de resposta e a falta de padrões e simetria na aplicação de protocolos melhorou, mas ainda está longe de ser a ideal.
 

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