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Publicada em 02 de Maio de 2024 às 01:25

Um investimento histórico no Rio Grande do Sul

Editorial

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Saudado pelo governo gaúcho como o maior investimento privado já feito por uma empresa individualmente na história do Rio Grande do Sul, o aporte bilionário anunciado pela multinacional CMPC em Barra do Ribeiro não é apenas um alento à economia do Estado. É uma possibilidade concreta de mudar a realidade da Região Sul, historicamente menos favorecida em termos de investimentos.
Saudado pelo governo gaúcho como o maior investimento privado já feito por uma empresa individualmente na história do Rio Grande do Sul, o aporte bilionário anunciado pela multinacional CMPC em Barra do Ribeiro não é apenas um alento à economia do Estado. É uma possibilidade concreta de mudar a realidade da Região Sul, historicamente menos favorecida em termos de investimentos.

O protocolo de intenções assinado entre a empresa de celulose e o governo do Estado prevê a instalação de uma nova planta industrial em Barra do Ribeiro, com operação dentro de cinco anos, após passar pelos trâmites legais. Para isso, serão investidos
R$ 24 bilhões que beneficiarão, além do município da Região Centro-Sul, pelo menos outras 80 localidades.

A CMPC assumiu a planta de produção de celulose da Fibria, em Guaíba, em 2009 e, hoje, é considerada a maior indústria em operação no Rio Grande do Sul. Nesses 15 anos, já investiu quase R$ 10 bilhões para a transformação da sua produção, que, nos últimos dois anos, bateu recordes.
O novo complexo terá capacidade para produzir até 2,5 milhões de toneladas de celulose ao ano. A companhia já conta com 60% da base florestal necessária - que soma 180 mil hectares - para realizar o empreendimento. Os 40% restantes devem ser alcançados nos próximos três anos, através de produtores florestais parceiros, vinculados principalmente à cultura de eucalipto.
Para viabilizar o empreendimento, que terá como meta a geração de "zero resíduos", serão realizadas obras de infraestrutura, como ajustes no acesso pela BR-116 a Barra do Ribeiro e a pavimentação da estrada que faz conexão direta ao empreendimento.
Em Pelotas, a ideia é fazer uma estrada que permitirá acessar os terminais do porto sem passar por dentro da cidade.
Em Rio Grande, o porto precisará de um novo terminal para exportar a celulose - que tem seus principais mercados na Ásia e Europa. A previsão é de que a vencedora da licitação invista R$ 760 milhões nessa obra.
Outros dois pontos precisam ser destacados no compromisso assumido pela CMPC. O primeiro é a qualificação de mão de obra, problema antigo enfrentado por indústrias gaúchas nos últimos anos para preencher os postos disponíveis.
O segundo é a geração de 12 mil empregos durante as obras, assim como a priorização de contratação de fornecedores gaúchos, dois fatores que são fundamentais para movimentar a economia do Rio Grande do Sul.

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