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Publicada em 04 de Maio de 2024 às 08:59

Braskem decide por parada total de suas plantas no Polo de Triunfo

Condições climáticas têm atrapalhado operação de unidades petroquímicas

Condições climáticas têm atrapalhado operação de unidades petroquímicas

Divulgação Braskem/JC
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Jefferson Klein
Jefferson Klein Repórter
Depois de ter anunciado a paralisação de algumas das suas unidades localizadas no Polo Petroquímico de Triunfo, a Braskem, principal empresa do complexo, optou por uma interrupção total da produção de suas plantas. Em nota, a companhia comunica “que, por motivos de força maior, devido aos eventos climáticos extremos que estamos sofrendo no nosso Estado nos últimos dias, com fortes chuvas, alagamento e bloqueio de estradas, demos início aos processos de parada geral dos ativos das nossas unidades produtivas no Polo Petroquímico de Triunfo. Esta ação é preventiva, diante de um possível cenário de interrupção na captação de água, visando uma parada segura”.
Depois de ter anunciado a paralisação de algumas das suas unidades localizadas no Polo Petroquímico de Triunfo, a Braskem, principal empresa do complexo, optou por uma interrupção total da produção de suas plantas. Em nota, a companhia comunica “que, por motivos de força maior, devido aos eventos climáticos extremos que estamos sofrendo no nosso Estado nos últimos dias, com fortes chuvas, alagamento e bloqueio de estradas, demos início aos processos de parada geral dos ativos das nossas unidades produtivas no Polo Petroquímico de Triunfo. Esta ação é preventiva, diante de um possível cenário de interrupção na captação de água, visando uma parada segura”.
A empresa também informou que, devido à parada, será necessário o acionamento do flare, dispositivo padrão de segurança utilizado pelas indústrias petroquímicas e que gera uma chama no momento da queima de alguns resíduos químicos. Ainda conforme a Braskem, como parte desse processo, nos próximos dias poderá ser percebida uma luminosidade diferente do usual vinda das fábricas da companhia.
A produção deverá ser retomada quando forem restabelecidas as condições seguras, a volta do fornecimento de insumos e liberadas as vias de acesso ao Polo. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Petroquímicas de Porto Alegre e Triunfo/RS (Sindipolo), Ivonei Arnt, acrescenta que a Arlanxeo também interrompeu sua operação e havia a perspectiva que a Innova e a Oxiteno, outras empresas do Polo gaúcho, adotassem a mesma decisão.
De acordo com o diretor-presidente da Arlanxeo, Angelo Brazil, a companhia está paralisando as atividades preventivamente de modo a preservar a segurança dos colaboradores e instalações devido a inundações das rodovias e impossibilidade de acesso ao Polo. “Nossas instalações não foram afetadas pelas chuvas e as operações serão imediatamente retomadas assim que o acesso for liberado”, afirma o executivo.
O presidente do Sindipolo comenta que, normalmente, trabalham nas companhias do complexo de Triunfo em torno de 2 mil funcionários e, no momento, nem metade desse total está atuando. Arnt ressalta que, nos últimos dias, já estava muito complicado para os trabalhadores acessarem e deixarem a estrutura devido às chuvas. O representante do Sindipolo salienta ainda que o terminal Santa Clara, que fica situado dentro do Polo, às margens do rio Jacuí, também foi afetado pela elevação das águas. “Estava inundado, inclusive chegou a boiar alguns contêineres”, diz Arnt.
Em nota, a Wilson Sons, que administra a estrutura, confirma que as operações do terminal Santa Clara estão temporariamente paralisadas até que seja possível retomar as condições seguras de navegação. A situação que aflige o Polo Petroquímico de Triunfo de uma forma generalizada, reforça o presidente do Sindipolo, requer muito cuidado com as questões de segurança. “Uma parada de plantas nessas condições, sempre é algo bastante crítico”, enfatiza o dirigente.

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